domingo, 30 de abril de 2017

#minisermao (30/04/17)

Para tudo precisamos de um "método", ou seja, um caminho feito de passos, um após o outro, sem pressa. Aqueles discípulos estavam no caminho, mas no caminho errado, estavam voltando para casa em Emaús. Jesus estava morto... só que não! Ele estava vivo e se colocou a caminhar com eles e o método é muito interessante, porque Jesus se coloca a caminho, este é o primeiro passo, depois Ele escuta, é o segundo passo. Depois Ele ensina que tudo isto estava escrito nas escrituras e deveria se cumprir: "Leiam a palavra de Deus!" Depois Ele fica com eles e parte o pão. Nós temos aqui ver, julgar, agir, celebrar e finalmente ele faziam uma revisão: "Ele estava conosco pelo caminho, nosso coração ardia." E voltam para evangelizar e então tomam o caminho certo. (Lc 24,13-35)
Pe. Joãozinho, Scj

"Conheceram-n’O ao partir o pão"

Vi o Senhor diante de mim o tempo todo; ele está ao meu lado, de modo que não sou abalado.
Não estamos sozinhos! O Senhor está em nós, entre nós e conosco o tempo todo, ainda que frequentemente não o reconheçamos.

Quando estivermos carentes, estendamos a mão a alguém que precise desabafar, ou apenas de atenção, e certamente sentiremos a presença de Deus.
Estendamos a mão àquela pessoa que sentimos mais necessitar de nós hoje, e sejamos a presença de Deus uns para os outros. Amém!

Meditando o Evangelho do dia - 3º Domingo da da Páscoa

Evangelho (Lc 24,13-35)

Reconheceram-no ao partir o pão.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 24,13-35.

Naquele mesmo dia, o primeiro da semana, dois dos discípulos de Jesus iam para um povoado, chamado Emaús, distante onze quilômetros de Jerusalém.
Conversavam sobre todas as coisas que tinham acontecido. Enquanto conversavam e discutiam, o próprio Jesus se aproximou e começou a caminhar com eles. Os discípulos, porém, estavam como que cegos, e não o reconheceram. Então Jesus perguntou: "O que ides conversando pelo caminho?" Eles pararam, com o rosto triste, e um deles, chamado Cléofas, lhe disse: "Tu és o único peregrino em Jerusalém que não sabe o que lá aconteceu nestes últimos dias?" Ele perguntou: "O que foi?" Os discípulos responderam: "O que aconteceu com Jesus, o Nazareno, que foi um profeta poderoso em obras e palavras, diante de Deus e diante de todo o povo. Nossos sumos sacerdotes e nossos chefes o entregaram para ser condenado à morte e o crucificaram. Nós esperávamos que ele fosse libertar Israel, mas, apesar de tudo isso, já faz três dias que todas essas coisas aconteceram! É verdade que algumas mulheres do nosso grupo nos deram um susto. Elas foram de madrugada ao túmulo e não encontraram o corpo dele. Então voltaram, dizendo que tinham visto anjos e que estes afirmaram que Jesus está vivo. Alguns dos nossos foram ao túmulo e encontraram as coisas como as mulheres tinham dito. A ele, porém, ninguém o viu". Então Jesus lhes disse: "Como sois sem inteligência e lentos para crer em tudo o que os profetas falaram! Será que o Cristo não devia sofrer tudo isso para entrar na sua glória?" E, começando por Moisés e passando pelos Profetas, explicava aos discípulos todas as passagens da Escritura que falavam a respeito dele. Quando chegaram perto do povoado para onde iam, Jesus fez de conta que ia mais adiante. Eles, porém, insistiram com Jesus, dizendo: "Fica conosco, pois já é tarde e a noite vem chegando!" Jesus entrou para ficar com eles. Quando se sentou à mesa com eles, tomou o pão, abençoou-o, partiu-o e lhes distribuía. Nisso os olhos dos discípulos se abriram e eles reconheceram Jesus. Jesus, porém, desapareceu da frente deles. Então um disse ao outro: "Não estava ardendo o nosso coração, quando ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?" Naquela mesma hora, eles se levantaram e voltaram para Jerusalém onde encontraram os Onze reunidos com os outros. E estes confirmaram: "Realmente, o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão!" Então os dois contaram o que tinha acontecido no caminho, e como tinham reconhecido Jesus ao partir o pão.
Palavra da Salvação.
Glória a vós, Senhor.

sábado, 29 de abril de 2017

#minisermao (29/04/17)

As seguranças humanas são importantes mas insuficientes. Sem o vento do céu viramos vítimas dos ventos da terra; como aqueles discípulos que remaram mar adentro 5 quilômetros e de repente foram surpreendidos por um vento forte. Ficaram com medo, mas quando olharam, Jesus estava vindo até eles caminhando sobre as águas, sobre a insegurança das águas e eles confiando na segurança da barca, mas é melhor colocar a minha esperança no Senhor. Confiar Naquele que pode para além das ameaças terrenas, me dar o vento do céu e Jesus deu a eles uma segurança, que a barca não podia dar. (Jo 6,16-21)
Pe. Joãozinho, Scj.

"Sou eu. Não tenhais medo" - "Estou aqui, não temam"

É PRECISO RECONHECER O SENHOR!
As primeiras comunidades cristãs viram-se às voltas com sérios problemas quando se puseram a dar testemunho da Ressurreição. As dificuldades surgiam de todas as partes. Dentro da comunidade, experimentava-se deserções, incredulidade e exigências absurdas de provas da Ressurreição. De fora provinham pressões por parte da comunidade judaica preocupada com o que era proclamado e com os resultados disto na vida de muitas pessoas. Os cristãos viviam como se estivessem no meio de um mar, dentro de uma pequena barca agitada por ondas violentas. Os discípulos não chegavam a ter plena consciência da presença do Ressuscitado junto deles. Viam Jesus caminhar na direção deles, porém não o reconheceram e sentiram medo. Foi necessário que Jesus mesmo os exortasse a não temer. Afinal, ele estava junto de sua comunidade, especialmente, nos momentos de tribulação e dificuldade. Perceber a presença do Senhor era penhor de segurança e certeza de não sucumbir. Embora a tempestade permanecesse, não podia haver dúvida de que a meta seria atingida.
As tempestades que se abatem sobre a comunidade de fé não podem levar os discípulos do Ressuscitado ao desespero. Ele sempre lhes diz: "Estou aqui, não temam". Quem reconhece sua presença, pode estar certo de que as vencerá.

Meditando o Evangelho do dia - Sábado da 2ª Semana da Páscoa

Evangelho (Jo 6,16-21)
Enxergaram Jesus, andando sobre as águas.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João 6,16-21.
 
Ao cair da tarde, os discípulos desceram ao mar. Entraram na barca e foram em direção a Cafarnaum, do outro lado do mar. Já estava escuro, e Jesus ainda não tinha vindo ao encontro deles.
Soprava um vento forte e o mar estava agitado. Os discípulos tinham remado mais ou menos cinco quilômetros, quando enxergaram Jesus, andando sobre as águas e aproximando-se da barca. E ficaram com medo.
Mas Jesus disse: "Sou eu. Não tenhais medo". Quiseram, então, recolher Jesus na barca, mas imediatamente a barca chegou à margem para onde estavam indo.
Palavra da Salvação.
Glória a vós, Senhor.

Reflexão - Jo 6, 16-21
Nós podemos nos encontrar com Jesus nas situações e nos momentos em que menos esperamos que isso possa acontecer e, quando isso acontece, podemos nos assustar e até mesmo nos sentir assombrados, com muito medo. Mas a nossa postura deve ser justamente o contrário disso tudo. Quando encontramos Jesus, ele sempre nos mostra algo de concreto para as nossas vidas e para onde devemos chegar, nos revela alguma coisa que nos ajuda na superação das dificuldades que encontramos, ele nos mostra que o seu amor e a sua presença não são algo abstrato nas nossas vidas, mas que a sua presença é sempre amor concreto de Deus, força de superação e conquista do novo que nos revela o Reino definitivo.

sexta-feira, 28 de abril de 2017

O MILAGRE DA PARTILHA

O mistério pascal produz seus frutos, quando a presença do Ressuscitado abre o coração do cristão para o amor e a partilha. Este é, sem dúvida, o maior milagre que o Senhor realiza na vida dos discípulos.
Jesus foi ensinando a lição da partilha amorosa, ao longo do seu ministério. O milagre da multiplicação dos pães insere-se neste projeto de formação para o discipulado.
Tudo começou com a preocupação de Jesus em relação à multidão faminta. Os discípulos foram envolvidos e desafiados a encontrar uma solução que atingisse a todos e não apenas um pequeno grupo. Jesus foi informado de que um rapaz trazia consigo cinco pães e dois peixes, e aceitava colocar esta pequena porção de alimento a serviço de todos. Por isso, começou a distribuir os pães e os peixes, e todos comeram à saciedade. Cada qual procurava partilhar do seu pouco com os demais. Teria bastado uma pequena dose de egoísmo e de incapacidade de partilhar para que o milagre não acontecesse.
Os primeiros cristãos logo compreenderam a exigência da partilha como dimensão necessária de sua fé. A celebração eucarística tornou-se símbolo deste projeto de vida. O Senhor, que se dá no pão eucarístico, aponta para a exigência de partilha com que se defronta a comunidade de fé.

Meditando o Evangelho do dia - 6ª-feira da 2ª Semana da Páscoa

Evangelho (Jo 6,1-15)

Distribuiu-os aos que estavam sentados, tanto quanto queriam.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João 6,1-15.

Naquele tempo, Jesus foi para o outro lado do mar da Galileia, também chamado de Tiberíades. Uma grande multidão o seguia, porque via os sinais que ele operava a favor dos doentes. Jesus subiu ao monte e sentou-se aí, com seus discípulos. Estava próxima a Páscoa, a festa dos judeus.
Levantando os olhos, e vendo que uma grande multidão estava vindo ao seu encontro, Jesus disse a Filipe: "Onde vamos comprar pão para que eles possam comer?" Disse isso para pô-lo à prova, pois ele mesmo sabia muito bem o que ia fazer. Filipe respondeu: "Nem duzentas moedas de prata bastariam para dar um pedaço de pão a cada um".
Um dos discípulos, André, o irmão de Simão Pedro, disse: "Está aqui um menino com cinco pães de cevada e dois peixes. Mas o que é isso para tanta gente?” Jesus disse: "Fazei sentar as pessoas". Havia muita relva naquele lugar, e lá se sentaram, aproximadamente, cinco mil homens.
Jesus tomou os pães, deu graças e distribuiu-os aos que estavam sentados, tanto quanto queriam. E fez o mesmo com os peixes. Quando todos ficaram satisfeitos, Jesus disse aos discípulos: "Recolhei os pedaços que sobraram, para que nada se perca!"
Recolheram os pedaços e encheram doze cestos com as sobras dos cinco pães, deixadas pelos que haviam comido. Vendo o sinal que Jesus tinha realizado, aqueles homens exclamavam: "Este é verdadeiramente o Profeta, aquele que deve vir ao mundo". Mas, quando notou que estavam querendo levá-lo para proclamá-lo rei, Jesus retirou-se de novo, sozinho, para o monte.
Palavra da Salvação.
Glória a vós, Senhor.

Reflexão - Jo 6, 1-15
O capítulo sexto do evangelho de São João é reservado para o discurso sobre o sacramento da Eucaristia, e Jesus, no uso da sua pedagogia, prepara os judeus para esse discurso através da multiplicação dos pães. A prática pedagógica de Jesus deve ser o grande iluminativo para a nossa prática missionária, pastoral e evangelizadora. Nós devemos anunciar o evangelho a partir da realidade das pessoas, de suas experiências de vida, dos seus valores e das suas expectativas. Antes de anunciar a Palavra de Deus, precisamos criar a necessidade dela no coração das pessoas como Jesus, que a partir da necessidade do pão, cria a necessidade do pão da vida eterna.

quinta-feira, 27 de abril de 2017

‪#minisermao (27/04/17)

Ter o Espírito de Jesus é ser filho no Filho e poder reconhecer a Deus como Pai. Esta comunhão é a salvação. Nós somos inseridos na dinâmica da Trindade, aonde o Pai, o Filho e o Espírito Santo vivem a multiplicação do amor e um vezes um, vezes um é igual a um, esta é a dinâmica da diversidade que produz a comunhão, a unidade. Simples assim. E vivemos esta filiação em nome do Pai do Filho e do Espírito Santo, o sinal pelo qual fomos batizados, mergulhamos nesta comunhão que salva. (Jo 3,31-36)
Pe. Joãozinho, Scj.

JESUS FALA AS COISAS DE DEUS

A origem divina de Jesus permitiu-lhe falar das coisas de Deus com uma autoridade desconhecida. Até então, os sábios e doutores de seu tempo limitavam-se a interpretar as Escrituras, buscando-lhes sentidos ocultos. Nesse afã, acabavam por complicar tanto a Palavra de Deus a ponto de pensarem que somente um pequeno grupo de privilegiados estavam em condições de compreendê-la e praticá-la.
Jesus rompeu com este esquema e se declarou apto para dar testemunho de tudo quanto viu e ouviu do Pai. Ele não era rabi no sentido tradicional, e sua relação com as Escrituras era de total liberdade. Sua Palavra era a Palavra de Deus, comunicada à humanidade, sem necessitar de interpretações casuísticas e sofisticadas. Por outro lado, Jesus falava pela força do Espírito que lhe fora comunicado pelo Pai.
Assim sendo, quem quisesse ter acesso à Palavra de Deus, em sua integridade, sem as deformações das interpretações humanas, necessitava recorrer a Jesus. Esta Palavra era penhor de vida, por colocar no caminho de Deus, quem se abrisse para ela. Pelo contrário, quem se fechasse à Palavra de Jesus e a recusasse, deveria pôr-se de sobreaviso, pois pesava sobre ele a ira de Deus. Isso por que fechar-se para Jesus redundava em fechar-se para Deus.  E dar as costas à Palavra de Jesus corresponde a dar as costas para Deus. O discípulo precisa ponderar isto com cuidado. E o Nosso testemunho é a melhor prova a ser dada ao mundo...

Meditando o Evangelho do dia - 5ª-feira da 2ª Semana da Páscoa

Evangelho (Jo 3,31-36)

O Pai ama o Filho e entregou tudo em sua mão.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João 3,31-36

"Aquele que vem do alto está acima de todos. O que é da terra, pertence à terra e fala das coisas da terra. Aquele que vem do céu está acima de todos. Dá testemunho daquilo que viu e ouviu, mas ninguém aceita o seu testemunho. Quem aceita o seu testemunho atesta que Deus é verdadeiro. De fato, aquele que Deus enviou fala as palavras de Deus, porque Deus lhe dá o espírito sem medida.
O Pai ama o Filho e entregou tudo em sua mão. Aquele que acredita no Filho possui a vida eterna. Aquele, porém, que rejeita o Filho não verá a vida, pois a ira de Deus permanece sobre ele”.
Palavra da Salvação.
Glória a vós, Senhor.

Reflexão - Jo 3, 31-36
Devemos procurar Jesus para que, a partir do encontro pessoal com ele, possamos conhecer o próprio Pai. Quando isso acontece, deixamos de pertencer às coisas da terra, porque assumimos novos valores e encontramos em Deus uma nova motivação para viver: a motivação das coisas do alto. A fonte dessa motivação é o dom do Espírito Santo que é derramado sem medida sobre nós e faz com que reconheçamos nas palavras de Jesus as palavras do próprio Deus, que são fonte de verdadeira alegria e de felicidade eterna para todos os que crêem nelas e as colocam em prática no dia a dia.

quarta-feira, 26 de abril de 2017

O AMOR DO PAI PELA HUMANIDADE

O gesto mais grandioso do amor de Deus pela humanidade consistiu no envio do Filho Jesus para propiciar-lhe vida, livrando-a, assim, da morte eterna. A ação Jesus, com tudo o que ele fez de bem para as pessoas do seu tempo, visava sempre possibilitar o acesso à salvação oferecida por Deus.
Por isso, era necessário fazer uma clara opção a respeito do Mestre: aceitá-lo ou rejeitá-lo. Infelizmente, o evento Jesus não chegou a produzir, no coração dos seus contemporâneos, os efeitos desejados. Muitos preferiram tropeçar no caminho das trevas do que prosseguir seguros no caminho da luz. Outros optaram pela mentira, quando podiam pautar suas vidas pela verdade.
Esta espécie de ingratidão, porém, não invalidou a proposta do Pai mediante o Filho Jesus. Ele será sempre a luz que dissipa as trevas do erro e a verdade que desvenda a mentira. Sua presença contínua na história humana, fruto da Ressurreição, constitui-se em oferta de vida, embora o que leva à morte pareça prevalecer.
Quem opta por Jesus e assimila seu projeto de vida não teme que suas ações sejam conhecidas de todos, pois elas são feitas em sintonia com Deus. Esta é a forma de ser agradecido ao Pai pelo amor que ele demonstrou por toda a humanidade, ao enviar seu Filho.

Nossa vida foi transformada pela presença de Cristo!

Precisamos mostrar para o mundo que a nossa vida foi transformada pela presença de Cristo no meio de nós. "'Ide falar ao povo, no Templo, sobre tudo o que se refere a este modo de viver'. Eles obedeceram e, ao amanhecer, entraram no Templo e começaram a ensinar" (At 5,20-21).

Meditando o Evangelho do dia - 4ª-feira da 2ª Semana da Páscoa

Evangelho (Jo 3,16-21)

Deus enviou seu Filho ao mundo para que o mundo seja salvo por Ele.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João 3,16-21.

Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito, para que não morra todo o que nele crer, mas tenha a vida eterna. De fato, Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele. Quem nele crê não é condenado, mas quem não crê já está condenado, porque não acreditou no nome do Filho unigênito.
Ora, o julgamento é este: a luz veio ao mundo, mas os homens preferiram as trevas à luz, porque suas ações eram más. Quem pratica o mal odeia a luz e não se aproxima da luz, para que suas ações não sejam denunciadas. Mas quem age conforme a verdade aproxima-se da luz, para que se manifeste que suas ações são realizadas em Deus.
Palavra da Salvação.
Glória a vós, Senhor.

Reflexão - Jo 3, 16-21
A vinda de Jesus ao mundo é a grande manifestação do amor misericordioso de Deus, que não quer a morte do pecador, mas que ele se converta e viva, e por isso manda o seu próprio Filho, não para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele, ou seja, pelo mistério de sua paixão, morte e ressurreição, todas as pessoas que querem viver segundo a luz, realizando as obras de Deus, e fugir das obras das trevas, fugir do pecado e das suas consequências, deixam de ser escravas do pecado e da morte e tornam-se livres, filhos e filhas de Deus, para viver segundo a graça e caminhar na esperança de que viverá eternamente junto de Deus.

terça-feira, 25 de abril de 2017

#minisermao (25/04/17)

Suas lições vão ficar marcadas na vida de alguém; ensinar é como gerar a alma do outro; discípulos são filhos.  Isso passa de geração em geração. Jesus ensinou e deixou a sua marca nos apóstolos que foram por todo mundo e ensinaram o evangelho a toda criatura, conforme o Mestre havia mandado, ensinado. E Pedro também teve seus discípulos, certa ocasião ele disse que Marcos era seu filho, não era filho no corpo, mas era filho na alma. E nós temos a escola de Marcos, o evangelho de Marcos, tão breve quanto intenso. Marcos teve a alma gerada pelo testemunho de Pedro, que teve sua alma regenerada pelo testemunho e pelas palavras do Mestre Jesus de Nazaré. (Mc 16,15-20)
Pe. Joãozinho, scj.

IDE PREGAR O EVANGELHO!


A ascensão de Jesus foi um marco importante na vida da primitiva comunidade cristã. Após longo processo de formação, os discípulos tinham diante de si a missão de evangelizar o mundo inteiro, não contando mais com a presença física do Mestre.
Desde que convocou os primeiros discípulos para segui-lo até o momento de sua subida para junto do Pai, Jesus não descurou a tarefa de preparar o pequeno grupo de seguidores para o serviço da evangelização. As longas caminhadas permitiram-lhe ir explicitando para eles a mensagem evangélica. Os discursos dirigidos às multidões e os debates com seus adversários foram, também, ocasiões propícias para tornar conhecido seu pensamento. Não bastava, porém, a formação intelectual. Era preciso uma preparação em nível existencial. Isso se deu mediante o exemplo de vida do Mestre. Seu modo de tratar as pessoas, especialmente os pecadores e marginalizados, seu relacionamento íntimo com o Pai, sua liberdade diante da Lei, sua ação enérgica contra toda sorte de injustiça e exploração da boa-fé do povo serviam de alerta para os discípulos, em vista da atitude que deveriam tomar, no exercício da missão.
Com a volta de Jesus para junto do Pai e a conclusão de sua missão terrena, chegou a hora de os discípulos assumirem sua tarefa. Doravante, Jesus passaria a agir por meio deles.

Meditando o Evangelho do dia - São Marcos, Evangelista - Festa

Evangelho (Mc 16,15-20)

Foi levado ao céu e sentou-se à direita de Deus.
+ Conclusão do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos 16,15-20.

Naquele tempo, Jesus se manifestou aos onze discípulos, e disse-lhes: "Ide pelo mundo inteiro e anunciai o Evangelho a toda criatura! Quem crer e for batizado será salvo. Quem não crer será condenado. Os sinais que acompanharão aqueles que crerem serão estes: expulsarão demônios em meu nome, falarão novas línguas; se pegarem em serpentes ou beberem algum veneno mortal não lhes fará mal algum; quando impuserem as mãos sobre os doentes, eles ficarão curados".
Depois de falar com os discípulos, o Senhor Jesus foi levado ao céu, e sentou-se à direita de Deus. Os discípulos então saíram e pregaram por toda parte. O Senhor os ajudava e confirmava sua palavra por meio dos sinais que a acompanhavam.
Palavra da Salvação.
Glória a vós, Senhor.

segunda-feira, 24 de abril de 2017

#minisermao (24/04/17)

Somos barro da terra animado pelo sopro do céu; o barro nos limita, o sopro nos liberta. Espiritualidade é felicidade. Temos uma lei da gravidade que nos atrai para a terra, que nos puxa para baixo, mas trazemos dentro de nós, também, uma lei da espiritualidade que nos puxa para cima, que nos faz buscar as coisas do alto. Temos necessidades afetivas, corporais, precisamos nos alimentar, buscamos o prazer, mas existe também uma dimensão interior que nos coloca diante do céu como morada definitiva. Não somos daqui; um dia chegaremos na nossa pátria, mas agora a espiritualidade é um caminho de felicidade.
(Jo 3,1-8‬)
Pe. Joãozinho, scj.

Proclamemos com audácia que Jesus está vivo!

Somos a Igreja de Cristo, somos os discípulos, os apóstolos de hoje e precisamos dessa audácia "Agora, Senhor, olha as ameaças que fazem e concede que os teus servos anunciem corajosamente a tua palavra. Estende a mão para que se realizem curas, sinais e prodígios por meio do teu santo servo Jesus" (At 4, 29-30).

O NOVO NASCIMENTO

Nicodemos representa o tipo de discípulo que quer chegar à fé em Jesus, sem abrir mãos dos próprios esquemas mentais. A fé no Ressuscitado, nestas circunstâncias, exige um nascer de novo pela força do Espírito de Deus. O novo nascimento supõe colocar-se diante de Jesus, com a inocência de uma criança, deixando-se guiar por ele. Significa ter um coração generoso para receber suas palavras, sem exigir grandes explicações, nem tampouco alterar-lhe o sentido. É predispor-se a adequar a própria vida ao projeto de Jesus, deixando-se transformar por ele, numa nova criatura. É deixar o Espírito do Senhor agir com total liberdade sobre todos os âmbitos da própria existência, sem excluir nenhum espaço. É permitir que a dinâmica da Ressurreição perpasse as estruturas do próprio ser, de modo a banir todo pecado e egoísmo.
Esta dinâmica de renascimento não depende da idade cronológica. Uma pessoa, embora sendo idosa, pode colocar-se neste processo de renascer. Aliás, cada cristão, ao proclamar sua fé em Jesus, deve estar predisposto a passar pelo novo nascimento. A profundidade do ato de fé manifesta-se mediante sinais indicadores de que algo de novo está acontecendo na vida do cristão. Caso contrário, tudo não passará de pura ilusão.

Meditando o Evangelho do dia - 2ª-feira da 2ª Semana da Páscoa

Evangelho (Jo 3,1-8)
 
Se alguém não nasce da água e do Espírito, não pode entrar no Reino de Deus.

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João 3,1-8.

Havia um chefe judaico, membro do grupo dos fariseus, chamado Nicodemos, que foi ter com Jesus, de noite, e lhe disse: "Rabi, sabemos que vieste como mestre da parte de Deus. De fato, ninguém pode realizar os sinais que tu fazes, a não ser que Deus esteja com ele".
Jesus respondeu: "Em verdade, em verdade, te digo, se alguém não nasce do alto, não pode ver o Reino de Deus". Nicodemos disse: "Como é que alguém pode nascer, se já é velho? Poderá entrar outra vez no ventre de sua mãe?"
Jesus respondeu: "Em verdade, em verdade, te digo, se alguém não nasce da água e do Espírito, não pode entrar no Reino de Deus. "Quem nasce da carne é carne; quem nasce do Espírito é espírito. Não te admires por eu haver dito: Vós deveis nascer do alto. O vento sopra onde quer e tu podes ouvir o seu ruído, mas não sabes de onde vem, nem para onde vai. Assim acontece a todo aquele que nasceu do Espírito".
Palavra da Salvação.
Glória a vós, Senhor.

Reflexão - Jo 3, 1-8
O Evangelho de hoje nos mostra uma nova oposição entre o velho e o novo, que não acontece mais segundo o tempo, mas segundo a condição do homem diante de Deus. O homem velho é o homem do Antigo Testamento, o homem que vive segundo a lei, é escravo do pecado e da morte. O homem novo é o homem que participa da Nova Aliança, é cidadão do Reino de Deus, não vive mais segundo a lei, mas vive o novo mandamento, o mandamento do amor, não é mais escravo do pecado, mas é filho de Deus, é livre e vive segundo a graça e não é mais prisioneiro da morte porque tem a Vida nova em Cristo.

domingo, 23 de abril de 2017

#minisermao (23/04/17)

A ausência sempre tem seu preço; pense duas vezes antes de faltar naquele encontro, naquela festa, no compromisso. Lembre-se de Tomé que naquele dia não foi à celebração, ao encontro dos amigos, dos apóstolos e exatamente no dia em que ele faltou, Jesus ressuscitado apareceu. Na semana seguinte então ele voltou a se encontrar com os amigos, mas aí Jesus não apareceu de novo e ele não acreditava, porque faltou. Passou-se mais um tempo Jesus apareceu novamente e nós conhecemos a história: ele teve que tocar no lado de Jesus, nas mãos, nos pés para ver que o crucificado estava ressuscitado. Pense duas vezes antes de faltar. (Jo 20,19-31)
Pe. Joãozinho, scj.

Vimos o Senhor!

Só o Espírito Santo permite-nos encontrar o perdão!

Só o Espírito Santo de Deus, derramado em nossos corações, permite-nos encontrar o perdão e a misericórdia divina. "Jesus lhe disse: 'Acreditaste, porque me viste? Bem-aventurados os que creram sem terem visto!'" (João 20, 29).

É PRECISO TER FÉ!

Meditando o Evangelho do dia - 2º Domingo da Páscoa

Anúncio do Evangelho (Jo 20,19-31)

Oito dias depois, Jesus entrou.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João 20,19-31.

Ao anoitecer daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas, por medo dos judeus, as portas do lugar onde os discípulos se encontravam, Jesus entrou e, pondo-se no meio deles, disse: "A paz esteja convosco". Depois dessas palavras, mostrou-lhes as mãos e o lado. Então os discípulos se alegraram por verem o Senhor. Novamente, Jesus disse: "A paz esteja convosco. Como o Pai me enviou, também eu vos envio". E, depois de ter dito isso, soprou sobre eles e disse: "Recebei o Espírito Santo. A quem perdoardes os pecados, eles lhes serão perdoados; a quem os não perdoardes, eles lhes serão retidos". Tomé, chamado Dídimo, que era um dos doze, não estava com eles quando Jesus veio. Os outros discípulos contaram-lhe depois: "Vimos o Senhor!" Mas Tomé disse-lhes: "Se eu não vir a marca dos pregos em suas mãos, se eu não puser o dedo nas marcas dos pregos e não puser a mão no seu lado, não acreditarei". Oito dias depois, encontravam-se os discípulos novamente reunidos em casa, e Tomé estava com eles. Estando fechadas as portas, Jesus entrou, pôs-se no meio deles e disse: "A paz esteja convosco". Depois disse a Tomé: "Põe o teu dedo aqui e olha as minhas mãos. Estende a tua mão e coloca-a no meu lado. E não sejas incrédulo, mas fiel". Tomé respondeu: "Meu Senhor e meu Deus!" Jesus lhe disse: "Acreditaste, porque me viste? Bem-aventurados os que creram sem terem visto!" Jesus realizou muitos outros sinais diante dos discípulos, que não estão escritos neste livro. Mas estes foram escritos para que acrediteis que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e, para que, crendo, tenhais a vida em seu nome.
Palavra da Salvação.
Glória a vós, Senhor.

sábado, 22 de abril de 2017

PROGRAMAÇÃO!

Paróquia de Nossa Senhora dos Aflitos - Programação do final de semana (22 e 23/04/2017):
Sábado:
11h às 18h - Assistência pastoral à Barra de São Pedro (Sem. Mateus);
16h - Missa na comunidade Timbaubinha (Pe. Edson);
17h - Grupo de Crisma de Jovens (Ir. Vaneci);
18h - Grupo de Crisma de Adultos (Ir. Vaneci);
19h - Missa na Capela de Nossa Senhora do Rosário (Pe. Edson).
Domingo:
7h - Missa na Matriz (Pe. Edson);
8h - Batizados na Matriz (Diácono Bolinha);
9h às 11h - Programa radiofônico na Vale do Piranhas (Sem. Mateus);
9h - Missa na Capela de Santa Cecília (Pe. Edson);
16h - Abertura do grupo de Crisma na comunidade Piedade (Ir. Vaneci);
17h - Missa na comunidade Assembleia (Pe. Edson);
19h - Missa na Matriz (Pe. Edson).

CONVITE!

‪#minisermao (22/04/17)

Se você não se deixar surpreender pelos milagres de todo dia vai deixar passar a grande oportunidade de sua vida. Jesus ressuscitado apareceu àquelas mulheres. Elas contaram, mas as pessoas não acreditavam, deixavam passam a grande oportunidade. E Ele apareceu a dois que iam pelo caminho e depois apareceu aos discípulos e foram se multiplicando os pequenos sinais da ressurreição no dia-a-dia. Todos os dias o Senhor faz milagres na vida de cada um de nós, são milagres pequenos,  quase imperceptível, mas todo milagre é uma maravilha e se nós não tivermos olhos para nos maravilharmos diante dos pequenos milagres de todo dia, ainda que um anjo desça do céu e nos olhe nos olhos, não iremos nos maravilhar. (Mc 16,9-15)
Pe. Joãozinho, scj.

O Mestre Jesus cura nosso coração da falta de fé!

Permitamos que o Mestre Jesus cure o nosso coração de toda incredulidade e falta de fé. "Por fim, Jesus apareceu aos onze discípulos enquanto estavam comendo, repreendeu-os por causa da falta de fé e pela dureza de coração, porque não tinham acreditado naqueles que o tinham visto ressuscitado" (Marcos 16, 14).

A INCREDULIDADE PERSISTENTE!

A Ressurreição fora uma novidade tão grande na vida dos discípulos, que não foi fácil deixar-se convencer por ela. A incredulidade persistia, apesar dos variados testemunhos de encontro com o Senhor.
Maria Madalena viu o Ressuscitado e deu testemunho diante dos discípulos. Entretanto, o preconceito contra o testemunho de uma mulher não permitira que acreditassem em sua palavra. Preferiram permanecer imersos na tristeza e no pranto a acreditar numa palavra que poderia ter-lhes transformado a vida.
A desconfiança atingiu, também, dois outros discípulos que viram o Senhor, quando se dirigiam para o campo. Depois de tê-lo reconhecido, correram para comunicar aos demais que o Senhor estava vivo. Mas suas palavras não foram acolhidas. Uma vez mais, a comunidade optou por fechar-se à realidade da Ressurreição.
Por fim, o Ressuscitado em pessoa apareceu ao grupo de discípulos para censurar-lhes a incredulidade e a dureza de coração. Esta os imobilizava, impedindo-os de levar adiante a missão que lhes fora confiada. Depois censura, seguiu-se a ordem de dar início, imediatamente, à missão de anunciar o Evangelho ao mundo inteiro. Com uma tarefa tão grande pela frente, não convinha deixar-se levar pela tristeza. Era hora de proclamar a Ressurreição de Jesus e convocar toda a humanidade a viver o Evangelho anunciado por ele.

Meditando o Evangelho do dia - Sábado na Oitava da Páscoa

Evangelho (Mc 16,9-15)

Ide pelo mundo inteiro e anunciai o Evangelho.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Marcos 16,9-15.
Depois de ressuscitar, na madrugada do primeiro dia após o sábado, Jesus apareceu primeiro a Maria Madalena, da qual havia expulsado sete demônios. Ela foi anunciar isso aos seguidores de Jesus, que estavam de luto e chorando. Quando ouviram que ele estava vivo e fora visto por ela, não quiseram acreditar.
Em seguida, Jesus apareceu a dois deles, com outra aparência, enquanto estavam indo para o campo. Eles também voltaram e anunciaram isso aos outros. Também a estes não deram crédito. Por fim, Jesus apareceu aos onze discípulos enquanto estavam comendo, repreendeu-os por causa da falta de fé e pela dureza de coração, porque não tinham acreditado naqueles que o tinham visto ressuscitado.
E disse-lhes: "Ide pelo mundo inteiro e anunciai o Evangelho a toda criatura!"
Palavra da Salvação.
Glória a vós, Senhor.


Reflexão - Mc 16, 9-15
Para que possamos conhecer verdadeiramente Jesus, duas coisas são necessárias. A primeira é a atuação da graça divina que nos revela quem é Jesus na sua divindade e na sua atuação messiânica e a segunda é a nossa abertura a essa graça para que possamos acolher a atuação divina em nós. A partir desses dois elementos, podemos compreender melhor qual é o papel do evangelizador e qual a essência da nossa missão. Movidos pelo grande protagonista da missão que é o Espírito Santo, somos chamados a ser canais de graça na vida das pessoas e ao mesmo tempo a preparar os corações das pessoas para que sejam terreno fértil para o evangelho e acolham a Cristo em suas vidas.

sexta-feira, 21 de abril de 2017

Pense nisso!

A ressurreição de Cristo não evita o cansaço e o desgaste no mundo do trabalho. Esta é uma realidade que não se consegue iludir, mas ele está presente ali onde tu estás e conhece tuas frustrações, teu tempo gasto em vão, tuas noites de fadiga. Ele não é só um espectador na praia, mas te convida a te aproximares dele, a comer de seu alimento, a confiar em sua Palavra, a celebrar que a vida vivida com fé pode ser diferente... um discípulo que o amava muito o reconheceu... de longe... E tu? És como esse discípulo amado que o encontra em toda parte?

As Palavras de Cristo trazem vida para nós!

Ele têm palavras de vida e sabedoria. Suas palavras trazem vida para nós. "'Lançai a rede à direita da barca, e achareis'. Lançaram pois a rede e não conseguiam puxá-la para fora, por causa da quantidade de peixes" (João 21, 6).

A REFEIÇÃO COM O RESSUSCITADO

O texto evangélico alude a dois níveis de comunhão na vida dos discípulos: entre si e com o Ressuscitado. Isto perfaz uma experiência característica do discipulado cristão.
A comunhão dos discípulos entre si expressa-se na disposição a trabalharem juntos. Quando Pedro revela sua decisão de ir pescar, imediatamente outros seis companheiros dispõem-se a ir com ele. Embora a pescaria tenha sido infrutífera, o simples fato de estarem pescando juntos já era significativo. Cada qual poderia ir pescar sozinho, pensando em si mesmo e no lucro que obteria com a pesca. A disposição de partilharem o trabalho dava à pescaria uma nova dimensão.
A comunhão com o Ressuscitado expressa-se no convite para a refeição. Primeiramente, Jesus pede aos sete pescadores algo para comer. Uma vez que nada tinham pescado, ordena-lhes que lancem novamente a rede, à direita da barca. Resultado: recolhem-na abarrotada de enormes peixes. Entretanto, quando atingem a margem do lago, deparam-se com uma surpresa: a refeição preparada pelo próprio Mestre! Este lhes oferece peixe assado e pão, como gesto de bondosa solicitude, saciando-lhes a fome, após uma noite inteira de fadiga e de trabalho inútil.
A comunhão com o Senhor dava consistência à comunhão dos discípulos entre si. Caso contrário, não passariam de um grupo de amigos, sem maiores compromissos. A presença do Senhor fazia frutificar o esforço da comunidade de atrair para a fé muitas outras pessoas. Isto é o que simboliza a rede repleta com 153 grandes peixes.

‪#minisermao (21/04/17)

Quando a vida perder o sabor, recorde os encantos da origem; retorne aos seus lugares de êxtase. Reviva! Aqueles discípulos de Jesus de Nazaré seguiram três anos o Mestre, viram milagres, prodígios, ouviram palavras de sabedoria, aprenderam muito; acompanharam Jesus na luz; mas também, o acompanharam na cruz, na dor, na lágrima, no sangue, na morte! E depois fizeram a experiência da ressurreição, da Páscoa. Finalmente a vida voltou ao tempo comum, ao cotidiano e eles foram de novo pescar lá no Mar da Galiléia, como no primeiro dia em que foram chamados pelo Mestre e novamente o Mestre apareceu... e a pesca novamente foi milagrosa. (Jo 21,1-14)
Pe. Joãozinho, scj.

Meditando o Evangelho do dia - 6ª-feira na Oitava da Páscoa

Evangelho (Jo 21,1-14)

Jesus aproximou-se, tomou o pão e distribuiu-o por eles. E fez a mesma coisa com o peixe.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João 21,1-14.

Naquele tempo, Jesus apareceu de novo aos discípulos, à beira do mar de Tiberíades. A aparição foi assim: Estavam juntos Simão Pedro, Tomé, chamado Dídimo, Natanael de Caná da Galileia, os filhos de Zebedeu e outros discípulos de Jesus.
Simão Pedro disse a eles: "Eu vou pescar". Eles disseram: "Também vamos contigo". Saíram e entraram na barca, mas não pescaram nada naquela noite. Já tinha amanhecido, e Jesus estava de pé na margem. Mas os discípulos não sabiam que era Jesus. Então Jesus disse: "Moços, tendes alguma coisa para comer?" Responderam: "Não".
Jesus disse-lhes: "Lançai a rede à direita da barca, e achareis". Lançaram pois a rede e não conseguiam puxá-la para fora, por causa da quantidade de peixes. Então, o discípulo a quem Jesus amava disse a Pedro: "É o Senhor!" Simão Pedro, ouvindo dizer que era o Senhor, vestiu uma roupa, pois estava nu, e atirou-se ao mar.
Os outros discípulos vieram com a barca, arrastando a rede com os peixes. Na verdade, não estavam longe da terra, mas somente a cerca de cem metros. Logo que pisaram a terra, viram brasas acesas, com peixe em cima, e pão. Jesus disse-lhes: "Trazei alguns dos peixes que apanhastes".
Então Simão Pedro subiu ao barco e arrastou a rede para a terra. Estava cheia de cento e cinquenta e três grandes peixes; e, apesar de tantos peixes, a rede não se rompeu. Jesus disse-lhes: "Vinde comer". Nenhum dos discípulos se atrevia a perguntar quem era ele, pois sabiam que era o Senhor.
Jesus aproximou-se, tomou o pão e distribuiu-o por eles. E fez a mesma coisa com o peixe. Esta foi a terceira vez que Jesus, ressuscitado dos mortos, apareceu aos discípulos.
Palavra da Salvação.
Glória a vós, Senhor.

Reflexão - Jo 21, 1-14
Diante das dificuldades, muitas vezes temos a tendência de enfraquecer, de voltar à vida de antes, parece que perdemos o rumo e a motivação. Pedro e os demais discípulos desanimaram e quiseram voltar à vida de pescadores de peixes, como muitas vezes queremos voltar à vida da imaturidade na fé. Jesus realiza mais uma vez o milagre da pesca milagrosa, para que os apóstolos se recordem que não são pescadores de peixes. Assim também, ele atua em nossas vidas, para que o Mistério Pascal não seja apenas celebração, mas processo de maturação, a fim de que possamos crescer cada vez mais na fé, e um dia atingir a estatura de Cristo.

quinta-feira, 20 de abril de 2017

#minisermao (20/04/17)

O dom da "inteligência" ultrapassa toda razão; é ver as coisas por dentro; é enxergar com os olhos do coração. Naquele dia Jesus ressuscitado aparece aos discípulos e abre a sua inteligência,  para que eles possam ler o que está escrito, mas também aquilo que está por trás das palavras. Inteligência significa ler o interior, do latim "intus legere". Às vezes nós nos fixamos nas aparências, nas evidências externas; o espírito do ressuscitado nos ajuda, nos ensina a ler por dentro, a ver as pessoas de coração para coração porque ali estão as verdadeiras verdades.(Lc 24,35-48).
Pe. Joãozinho, scj.

O Ressuscitado traz a paz que nosso coração necessita!

O Ressuscitado traz como dom da vida nova que conquistou para nós, o dom supremo da paz. "Ainda estavam falando, quando o próprio Jesus apareceu no meio deles e lhes disse: 'A paz esteja convosco!'" (Lucas 24, 36).

SOU EU!

As primeiras comunidades cristãs tiveram dificuldade em ver, no Ressuscitado, o Jesus que havia sido crucificado. A tentação era a de não identificá-los e de tomá-los como duas pessoas distintas. O Evangelho explicita esta identificação aplicando ao Ressuscitado gestos típicos da antiga convivência de Jesus com os discípulos. O Mestre come peixe assado e mel, diante deles. Entretanto, a prova melhor da identidade do Ressuscitado era oferecida pelas Escrituras. Lidas com atenção, ajudavam a comunidade cristã a compreender que o Cristo devia sofrer, mas também haveria de ressuscitar, por desígnio de Deus. Os discípulos teriam a missão de ser anunciadores deste gesto amoroso do Pai para com Jesus, penhor de salvação para toda a humanidade.
A comunidade cristã compreendeu que, se o Ressuscitado não fosse o mesmo Jesus que fora crucificado, a salvação de Deus não a teria atingido. Os pecados da humanidade só foram redimidos porque Jesus foi capaz de vencê-los com sua morte de cruz. No entanto, se a última palavra na vida de Jesus tivesse sido a morte, com seu sabor de derrota, não tinha de se gloriar, pois em nada teria sido diferente dos demais seres humanos.
Quando a comunidade entendeu o verdadeiro sentido do “Sou Eu!” pronunciado pelo Ressuscitado, tornou-se capaz de fazer a conexão entre o passado e  o  presente e proclamar a fé no Jesus vivo e atuante no meio dela, incentivando-a a superar o medo e a proclamar as maravilhas operadas por Deus em seu Filho Jesus.

Pense nisso!

A fé em Cristo ressuscitado acolhe todo o quotidiano, porque é nele que o Senhor se manifesta. A reunião da Igreja ou os encontros com amigos, compartilhar o pão ou o que se tenha, a paz e a fraternidade que superam o ódio e o egoísmo, a consciência de ser outro Cristo com seu corpo e espírito, é nesses momentos que Jesus nos aparece, e sua presença se nota umas vezes mais visível e outras vezes mais escondida. Tu és imagem de Cristo ressuscitado, leva-o contigo aonde quer que vás.

Meditando o Evangelho do dia - 5ª-feira na Oitava da da Páscoa

Evangelho (Lc 24,35-48)

Assim está escrito: o Messias sofrerá e ressuscitará dos mortos no terceiro dia.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 24,35-48.

Naquele tempo, os discípulos contaram o que tinha acontecido no caminho, e como tinham reconhecido Jesus ao partir o pão. 36Ainda estavam falando, quando o próprio Jesus apareceu no meio deles e lhes disse: "A paz esteja convosco!"
Eles ficaram assustados e cheios de medo, pensando que estavam vendo um fantasma. Mas Jesus disse: "Por que estais preocupados, e por que tendes dúvidas no coração? 39Vede minhas mãos e meus pés: sou eu mesmo! Tocai em mim e vede! Um fantasma não tem carne, nem ossos, como estais vendo que eu tenho".
E dizendo isso, Jesus mostrou-lhes as mãos e os pés. Mas eles ainda não podiam acreditar, porque estavam muito alegres e surpresos. Então Jesus disse: "Tendes aqui alguma coisa para comer?" Deram-lhe um pedaço de peixe assado. Ele o tomou e comeu diante deles. Depois disse-lhes: "São estas as coisas que vos falei quando ainda estava convosco: era preciso que se cumprisse tudo o que está escrito sobre mim na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos".
Então Jesus abriu a inteligência dos discípulos para entenderem as Escrituras, e lhes disse: "Assim está escrito: o Cristo sofrerá e ressuscitará dos mortos ao terceiro dia e no seu nome, serão anunciados a conversão e o perdão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém. Vós sereis testemunhas de tudo isso".
Palavra da Salvação.
Glória a vós, Senhor.

Reflexão - Lc 24, 35-48
Quando a comunidade está reunida, realiza-se a experiência pascal, a experiência da presença do Ressuscitado. Esta presença é a manifestação do Deus da Paz, o Deus real, o Deus vivo e verdadeiro, do Deus que é solidário com os homens e está sempre participando de suas vidas, mesmos que eles não sejam capazes de perceber isso. Não é a manifestação de um fantasma qualquer. Esta experiência comunitária da presença do Ressuscitado faz com que a comunidade se torne evangelizadora, testemunha de todos os valores pelos quais Jesus morreu e ressuscitou, se torne testemunha de que de fato Jesus é o Filho do Deus vivo, que cumpriu plenamente a vontade do Pai.

quarta-feira, 19 de abril de 2017

Deixemos nosso coração arder pela Palavra de Deus!

Reconheceremos o Ressuscitado quando deixarmos nosso coração arder pela Palavra de Deus. "Enquanto conversavam e discutiam, o próprio Jesus se aproximou e começou a caminhar com eles. Os discípulos, porém, estavam como que cegos, e não o reconheceram" (Lucas 24, 15-16).

‪#minisermao (19/04/17)

Nos caminhos da vida é sempre Deus quem nos encontra; mais do que buscar Deus, devemos nos deixar encontrar por Ele. É ilusão imaginar que nossas práticas religiosas, que subir nos montes da vida vão nos levar a encontrar Deus, é melhor deixar que Ele nos encontre; como aqueles discípulos de Emaús que estavam indo embora e Jesus foi caminhar com eles e o coração deles ardia e eles reconheceram Jesus ao partir do pão e Ele desapareceu novamente e apareceu aos apóstolos. O Senhor quer te encontrar neste tempo pascal! Abra o coração e deixe o Senhor entrar. (Lc 24,13-35‬)
Pe. Joãozinho, scj.

CAMINHANDO COM O RESSUSCITADO

Decepcionados com o desaparecimento trágico do Mestre, os discípulos começaram a debandar. A experiência de conviver com Jesus tivera seu lado positivo. Agora, porém, uma vez morto, seus planos para a comunidade foram água abaixo. Os discípulos de Emaús revelavam esta situação: sua volta para casa e o abandono da comunidade eram sintoma de um comportamento generalizado entre os seguidores do Mestre.
Com o passar do tempo, os discípulos experimentaram uma profunda transformação, ao reinterpretarem, à luz das Escrituras, a vida e o destino de Jesus. Os fatos da vida do Mestre tomaram um significado novo, e a morte de cruz, escândalo que foi, passou a ser compreendida, a partir da fidelidade de Jesus ao Pai. Por isso, essa morte apresentava-se como algo necessário na vida do Mestre, comprovando seu abandono total nas mãos do Pai, para a implantação do seu Reino. O Crucificado era também o Ressuscitado caminhando com a comunidade. Esta se defrontava com a missão de proclamá-lo.
No episódio dos discípulos de Emaús, seus olhos se abriram plenamente quando Jesus sentou-se à mesa com eles e repetiu o gesto da Última Ceia. A Eucaristia foi o momento privilegiado de encontro com o Senhor. Então puderam compreender que o Ressuscitado estava vivo no meio deles. A reviravolta causada por esta certeza transformou a comunidade medrosa em comunidade missionária, testemunha corajosa da Ressurreição.

Pense nisso!

Algo normal que sucede na vida é desafogar-se e buscar conselho nos amigos, falar dos projetos que não realizaram, das esperanças decepcionadas. Jesus se aproxima de tuas confidências e, respeitoso, quer saber, quer te iluminar, esclarecer-te o que acontece, avivar tua memória, mostrar-te o que pode vir no decorrer do tempo... Sua Palavra é algo mais que um bom livro, é um coração que te ama e que, para ganhar-te, morreu por ti... Se teu coração não se abrasa, talvez lhe faltem amor e fé.

Meditando o Evangelho do dia - 4ª-feira na Oitava da da Páscoa

Evangelho (Lc 24,13-35)

Reconheceram-no ao partir o pão.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 24,13-35.

Naquele mesmo dia, o primeiro da semana, dois dos discípulos de Jesus iam para um povoado chamado Emaús, distante onze quilômetros de Jerusalém. Conversavam sobre todas as coisas que tinham acontecido.
Enquanto conversavam e discutiam, o próprio Jesus se aproximou e começou a caminhar com eles. Os discípulos, porém, estavam como que cegos, e não o reconheceram. Então Jesus perguntou: "Que ides conversando pelo caminho?" Eles pararam, com o rosto triste, e um deles, chamado Cléofas, lhe disse: “Tu és o único peregrino em Jerusalém que não sabe o que lá aconteceu nestes últimos dias?
Ele perguntou: "Que foi?" Os discípulos responderam: "O que aconteceu com Jesus, o Nazareno, que foi um profeta poderoso em obras e palavras, diante de Deus e diante de todo o povo. Nossos sumos sacerdotes e nossos chefes o entregaram para ser condenado à morte e o crucificaram. Nós esperávamos que ele fosse libertar Israel, mas, apesar de tudo isso, já faz três dias que todas essas coisas aconteceram! É verdade que algumas mulheres do nosso grupo nos deram um susto. Elas foram de madrugada ao túmulo e não encontraram o corpo dele. Então voltaram, dizendo que tinham visto anjos e que estes afirmaram que Jesus está vivo. Alguns dos nossos foram ao túmulo e encontraram as coisas como as mulheres tinham dito. A ele, porém, ninguém o viu".
Então Jesus lhes disse: "Como sois sem inteligência e lentos para crer em tudo o que os profetas falaram! Será que o Cristo não devia sofrer tudo isso para entrar na sua glória?" E, começando por Moisés e passando pelos Profetas, explicava aos discípulos todas as passagens da Escritura que falavam a respeito dele.
Quando chegaram perto do povoado para onde iam, Jesus fez de conta que ia mais adiante. Eles, porém, insistiram com Jesus, dizendo: "Fica conosco, pois já é tarde e a noite vem chegando!" Jesus entrou para ficar com eles. Quando se sentou à mesa com eles, tomou o pão, abençoou-o, partiu-o e lhes distribuía.
Nisso os olhos dos discípulos se abriram e eles reconheceram Jesus. Jesus, porém, desapareceu da frente deles. Então um disse ao outro: "Não estava ardendo o nosso coração quando ele nos falava pelo caminho, e nos explicava as Escrituras?" Naquela mesma hora, eles se levantaram e voltaram para Jerusalém onde encontraram os Onze reunidos com os outros. E estes confirmaram: "Realmente, o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão!" Então os dois contaram o que tinha acontecido no caminho, e como tinham reconhecido Jesus ao partir o pão.
Palavra da Salvação.
Glória a vós, Senhor.

Reflexão - Lc 24, 13-35
Este trecho nos mostra todas as etapas do trabalho evangelizador. Inicialmente, as pessoas estão caminhando em comunidade. Ninguém caminha verdadeiramente quando está sozinho. Jesus é o verdadeiro evangelizador, que entra na caminhada das pessoas, caminha com elas. Durante a caminhada, faz seus corações arderem, porque desperta neles o amor, permanece com eles, formando uma nova comunidade, e se dá verdadeiramente a conhecer quando as pessoas dão respostas concretas aos apelos do amor, fazendo com que elas sejam novas testemunhas da ressurreição.